segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Para o Tizão


Inúmeras vezes, enquanto ando pelas ruas, as palavras brincam dentro de mim sem censura alguma.
Elas dançam. Pulam de um lado a outro. Chegam juntas, umas das outras, em pequenas frases.
E basta apenas o instante seguinte para que se reorganizem de forma jamais vista.
Dai-me as palavras!
É assim que elas inventam nomes novos para sentimentos velhos.
Tão antigos quanto eu e você...
O que seria de nós, meu amigo, sem as nossas palavras? Que meio encontraríamos nós, para levar à comunhão as nossas almas?
Tudo bem que não troquemos palavras sobre o que de fato gostaríamos de falar. Isto pouco nos faz falta, porque na verdade o que mais nos diz respeito é justamente o intervalo que há entre elas.
Você ouviu o que eu não disse?
Não há equilíbrio para certas pessoas... Somente a tensão do desequilíbrio as fazem vivas.
Há no caminho do meio algo insosso. Falta justamente o sal que abre o sabor, o azedo que faz explodir a saliva escondida na boca...
Só serve para o caminho do meio aquele que não sabe o mal que guarda em si enquanto escolhe praticar o bem.
Há, no caminho dos desequilibrados, apenas a possibilidade do bom posicionamento.
Simples: raízes na terra e copa aos céus.
As flores?
Deixe-as ao vento...

3 comentários:

Márcia Fortunato disse...

Que lindo, Thaís!
Que as palavras continuem pulando de um lado para o outro, assim.
Beijos, Márcia.

ortiz disse...

Meu Deus!!

Sensibilidade não é algo que se adiquiri. É tipo genético, tipo único, tipo você.

Se vc soubesse o teor da minha conversa com a Fe ontem, talvez não teria escrito algo tão, mas tão relacionado e especial.

Na troca do ciclo, as questões são tantas que as palavras me faltam. Logo eu, veja só. Refem do proprio silêncio, encrustrado em um momento dificil, mas pelo Sol poderoso, passageiro.

Dai-me as palavras!

Nossa tendencia ao desequilibrio é algo assim interessante de se ver. Porque quando tentam me equilibrar, lembro que o equilibrio me assusta.

Ouço muitas perguntas não perguntadas. Respondo todas pra dentro e não pra fora. Por pra fora nunca foi tão intenso e difícil. Me reforça a certeza: Escolhi ela, porque ela me completa, porque ela me ouve e porque ela, graças aos montes, me confronta.

E pelas flores, pelo Luar, entendo necessário, cada vez mais ouvir e ser ouvido. E nisso, conheço uma tal preta, que é incomparável. Como os montes, as flores, o sol e o luar.

E minha vida é uma intença oração.

Obrigado!!

Nos veremos em muito breve!

Bj enorme!

ortiz disse...

intensa....