domingo, 19 de julho de 2009

A dor

Não que eu a quisesse por perto.
Levantei as espadas e engrossei as ondas.
Na terra molhada, aquela mesma de onde toda a vida brota,
tentei enterrá-la.
Mera tentativa de esconder de mim mesma a dor que ardia no peito.


Desalento


Tentei abraçá-la calmamente, na tentativa de então acolhê-la em mim.
Talvez acolhida ela doesse menos.


Desamparo


Ela veio calma, precisa. Logo após o término da tempestade.
E assim, despretenciosamente, misturada à delicadeza de um sorriso e a leveza de uma lágrima, explodiu!


Desespero


Eu chorei. Desta vez sem rir.
Agonizei sem o meu próprio grito ouvir.
Desejei com as mãos a dor do peito extinguir.


Rezei


E nem todas as rezas me deixaram o sono dormir.
Foi só assim que me dei conta de que em algum lugar eu morri.

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